PC – Pai – Telesp – Vivo

Recuperando fitas vhs antigas me deparo com cada memória boa! Meu pai se foi em 2011 com 56 anos, mas deixou muitos motivos para sorrirmos e agradecermos. O PC (como era chamado no trabalho) foi um profissional integralmente dedicado, que esteve desde o início da carreira dentro da “Vivo” (Telesp, que se tornou Telesp Celular, Telefônica, Vivo) até aposentar-se por força maior, (por ele continuava rs)… sempre comprometido.. lembro que ele vivia contando aquela histórinha da diferença entre compromisso e compremetimento rs contando num tom de piada é claro, mas falando verdades…

O bom humor era talvez a caracteristica principal, sempre alegre e procurando formas de tirar um sorriso das pessoas… se alguém precisasse de algo, o PC não media esforços. Eu tinha meu pai como bobo ou ingênuo em muitas situações, pois achava que exagerava tentando animar situações que pareciam incorrigiveis.. hoje eu vejo como eu era bobo e ingênuo…

Ele gostaria que eu seguisse uma carreira, mas eu sempre tive esse ímpetuo de empreender de querer fazer algo por conta própria.. ele me incentivava em tudo. Cursos, jogos, kits de eletrônicas que trazia para casa, equipamentos… chegamos até a abrir “um negócio” juntos rs uma locadora de fita de video games (na época que master system era o máximo)… bem no estilo “Mr Robot” na época que eu ainda estava na escola. Lembro que eu saia da escola e ia “pro lojinha”… quanta coisa a gente fez..

Nunca esqueço quando ele trouxe pra casa cada geração de computador, desde o MSX, Prológica, PC AT, PC XT etc etc quando fomos juntos buscar o drive de fita K7 para eu rodar meus jogos, o drive de disquete, a placa de som, o monitor colorido… até o fim ele dava um jeito de ver se eu tinha tudo que precisava para voar…

A jornada dele não foi fácil, houveram muitos momentos críticos, mas ele não deixava transparecer. Hoje, já adulto, eu consigo entender… e por isso eu digo que estou sempre aprendendo com o exemplo que ele deixou de caráter, profissionalismo e um coração que transcende o orgulho e a vaidade, não medindo esforços para realmente ajudar… eu confesso: estou engatinhando no processo, mas tive uma base sólida e isso não tem preço sou muito grato.

Seguimos procurando sorrir diante dos desafios e tirar o máximo de proveito de cada situação que a vida nos oferece. Por mais adversa que possa parecer, sempre podemos aprender. E se ele passou tudo isso e conseguiu alcançar tantas coisas incríveis que tanto valorizo, não foi sozinho, se falo do meu pai, automaticamente vejo minha Mãe, que não menos virtuosa passou por tudo junto com ele, e até hoje dá exemplos de sobra de Virtudes inestimáveis.

Fico aqui então com minha gratidão e testemunhando como o Lar é o lugar mais sagrado que temos em nossas vidas. É nele que aprendemos o certo e o errado, que aprendemos o que é família, o que é Amor, respeito, amizade, confiança e todos os valores que levaremos para nossa vida. Que nesse momento de reclusão possamos cultivar essa ambiência cheia de fraternidade para nossas sementes germinarem num futuro bem próximo. Fico aqui com minhas memórias, vivendo o presente e sonhando com o futuro do meu filho, da família e toda nossa sociedade. Vamos em frente.

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